Um dos membros do nosso grupo aqui no Rio de Janeiro compartilhou conosco o relato a seguir e nos autorizou a publicá-lo aqui, pela importância de seu testemunho:

“Há seis anos tivemos no Brasil a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Recebi uma lembrança no Facebook e fiquei feliz por termos um grupo como este.

No ano de 2013 tive um relacionamento com um argentino, na JMJ. Ele era ex-seminarista e tinha muitos conflitos entre a religiosidade e a sua sexualidade. Estar no Brasil foi um marco para ele. Em mais de 1 ano de relacionamento, de forma inesperada ele ‘desistiu’ de um relacionamento homossexual e foi tentar vivenciar um relacionamento hétero. Enquanto isso nós ainda conversávamos, afinal, meu sentimento era mais do que corpo com corpo. Eu sentia que aquilo não estava lhe fazendo bem, mas era uma escolha dele e eu não podia (ou assim achava) interferir…

Em uma das mensagens ele me disse que não estava aguentando mais aquilo e que aquilo não era mais para ele. Pensava eu que ele iria terminar com o relacionamento, mas não… ele acabou com a vida… suicídio é uma das saídas mais drásticas, quando o corpo não aguenta mais tanto sofrimento.

Foi algo que me marcou muito (e ainda marca, mesmo eu fazendo psicoterapia). Ver um grupo como o nosso me fortalece muito. Fico muito em posição contemplativa a cada detalhe, fala… pela magnitude que é um espaço como o nosso.

Obrigado a todos pela energia e fraternidade.”