Nota publicada em nosso site em julho de 2008:

“Caro leitor,

O nosso site completou seu primeiro ano de vida no dia 14 de julho de 2008. É um trabalho pioneiro, intenso e prazeroso em favor da inclusão LGBT na Igreja. Agradecemos a Deus Pai que nos acompanha neste apostolado de mostrar o jugo leve e o fardo suave de Cristo, e assim dar alívio,  alento e esperança a tantos corações.

Coincidentemente, 14 de julho é o dia em que se comemora a Revolução Francesa. Um grito a favor da liberdade, da igualdade e da fraternidade que dá início à Idade Contemporânea. Também nós queremos liberdade, para que os gays vivam e expressem sua homoafetividade. Queremos igualdade, de modo que seja eliminada toda discriminação por orientação sexual. Queremos fraternidade, onde os gays sejam reconhecidos e amados como seres humanos feitos à imagem e semelhança de Deus.

Na liturgia católica, nesse mesmo dia se comemora São Camilo de Lellis, fundador dos Clérigos Ministros dos Enfermos, os camilianos. Outra coincidência importante. Sabemos que a homossexualidade não é enfermidade nem doença, como foi considerada no passado. No entanto a homofobia, sim, é um grave mal que causa incontáveis mortes e uma infinidade de feridas profundas. Queremos enfrentar a homofobia, sobretudo aquela que se serve da religião, disparando ‘balas bíblicas’ e lançando ‘granadas doutrinárias’ de efeito devastador.

Estas coincidências não são por acaso. A Igreja Católica demorou quase dois séculos para aceitar os direitos humanos proclamados pela Revolução Francesa. Hoje, o papa Bento 16 os reconhece como um grande legado à humanidade. A história continua. E um dos grandes desafios contemporâneos é construir a cidadania GLBT, tanto na sociedade quanto na Igreja.

Há sinais animadores recentes: jesuítas italianos, bispos alemães e o cardeal Martini se declaram a favor das uniões homoafetivas; crescem as comunidades e os ambientes católicos inclusivos; aumenta a produção teológica gay friendly. Cada um de nós de alguma maneira pode ser colaborador da inclusão gay na Igreja, para que o amor de Cristo seja conhecido e a glória de Deus resplandeça.

Viva o 14 de julho! Viva o Diversidade Católica!”